Gravidez de Alto Risco

É considerada de alto risco toda gravidez que envolve sérios riscos de morte e doença tanto para a mãe quanto para o bebê. Durante o pré-natal o médico avalia as condições da gestação e identifica se há os chamados fatores de risco, que colocam em perigo a vida da mãe e do bebê.
A gestação de alto risco precisa ser acompanhada de perto por profissionais da saúde as visitas ao médico devem acontecer com mais freqüência. Em alguns casos o médico recomenda à gestante o acompanhamento de outros profissionais em hospitais especializados.
Conheça alguns fatores que podem contribuir para uma gestação de risco e na dúvida, converse com seu médico:
Grávidas com menos de 17 anos
Grávidas com mais de 35 anos
Profissão ou ocupação – dependendo do stress, do esforço físico, carga horária, rotatividade de horário, exposição a agentes físicos, químicos e biológicos nocivos;
Situação conjugal insegura;
Baixa escolaridade;
Condições ambientais desfavoráveis;
Mulheres com uma altura menor que 1,45 m;
Mulheres com menos de 45 kg ou mais que 75 kg;
Recém nascido pré-termo, mal formado ou com atrasos no crescimento, em gravidez anterior;
Intervalo entre partos menor que 2 anos;
Síndrome hemorrágica ou hipertensiva, em gestação anterior;
Cirurgia uterina anterior;
Dependência de drogas lícitas e/ou ilícitas;
Morte perinatal anterior;
Abortos espontâneos repetidos;
Esterilidade / Infertilidade;
Desvio do crescimento uterino, grande número de fetos e alterações no volume de líquido amniótico;
Trabalho de parto prematuro;
Gravidez prolongada;
Pré-eclâmpsia e eclâmpsia;
Diabetes gestacional;
Rutura prematura de bolsa;
Hemorragias da gestação;
Isoimunização;
Óbito fetal;
Hipertensão arterial;
Cardiopatias;
Pneumopatias;
Nefropatias;
Endocrinopatias;
Hemopatias;
Epilepsia;
Doenças infecciosas;
Ganho de peso inadequado;
Doenças ginecológicas.

Fonte de pesquisa: http://redemae.com.br/gravidez-de-alto-risco/1741





ANTES DE ENGRAVIDAR



OS EXAMES QUE VOCÊ E SEU COMPANHEIRO DEVEM FAZER ANTES DE ENGRAVIDAR
Alguns exames são básicos para avaliar a saúde da mulher que pretende engravidar, como a sorologia para rubéola e toxoplasmose, glicemia, papanicolau e ultra-sons para diagnosticar possíveis malformações dos órgãos reprodutivos. Para o casal, os especialistas recomendam um hemograma (para verificar anemias, infecções ou inflamações), sorologia para hepatites, sífilis e HIV, e a tipagem sanguínea. É aconselhável que o homem se submeta a um espermograma para checar a saúde dos seus espermatozóides. Todos esses problemas podem afetar a chance de gravidez ou a própria gestação, mas, quando detectados antes, são resolvidos com vacinas e tratamentos. Outras atitudes são preventivas, como o casal parar de fumar (para a gestante não ser uma fumante passiva), e a mulher tomar ácido fólico antes e durante os três primeiros meses de gestação, além de estar com um peso adequado.

Não é só a saúde física que sai ganhando. A mental também. "A preparação para a gravidez me deixou muito mais tranqüila sobre os nove meses", conta a atriz Carolina Novak. Quando decidiu ter o segundo filho, Carolina tomou uma decisão séria: ela e o marido pararam de fumar. "Troquei os cigarros pelos exercícios, assim, além de não engordar, consegui emagrecer três quilos", lembra. Também foi ao dentista para ter certeza de que estava tudo em ordem - outra boa sugestão dos médicos. Um mês depois, estava grávida.
Mais tarde

Como atualmente muitas mulheres deixam para engravidar depois dos 30 anos, outros cuidados estão entrando na lista dos médicos quando o tema é gravidez. "Nessa faixa etária, são comuns problemas como endometriose e miomas, que normalmente já estão sendo controlados pela mulher que tem o hábito de consultar o ginecologista anualmente. Mas, quando não é o caso, a atenção médica deve voltar-se em primeiro lugar para essas questões, de modo a deixar o organismo saudável para a gravidez", alerta Jonathas Borges Soares, da Unidade de Reprodução Assistida, do Hospital e Maternidade Albert Einstein. Ele lembra, ainda, que mulheres mais velhas merecem mais cuidados com a pressão arterial e o funcionamento da tiróide, dois aspectos que também costumam complicar uma gestação. Ambos podem causar problemas no desenvolvimento do feto, mas são perfeitamente controláveis com medicamentos.

Mulheres que passaram por abortos ou tiveram alguma complicação na última gravidez devem fazer uma pesquisa mais extensa para diagnosticar as causas e poder tratá-las. Existem os motivos anatômicos (a má formação de útero ou das trompas, verificada com ultra-som e a histerossalpingografia), hormonais (a falta ou o excesso de hormônio pode dificultar a gravidez), infecciosos (uma infecção urinária, por exemplo, pode causar partos prematuros) e imunológicos (doenças auto-imunes, como lupus, e distúrbios circulatórios, como trombose). "Às vezes o problema é adquirido. Abortos repetitivos, que levaram a várias curetagens, por exemplo, podem reduzir a cavidade uterina, o que levará a outro aborto", explica Jonathas. A questão também pode ser genética, como alterações cromossômicas no feto. Nesse caso, o indicado é fazer um aconselhamento genético. E é preciso lembrar que, apesar dos avanços da medicina, nem todas as complicações têm uma causa identificável, o que não significa que elas não possam ter solução e resultar em uma gravidez bem-sucedida. Por isso, cuide de tudo o que estiver inadequado, mantenha sua saúde em dia e boa sorte.




FONTE DE PESQUISA: http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI1290-10544,00.html





EXAMES NA GESTAÇÃO



Veja os exames que toda grávida deve fazer e entenda os motivos

Eles são essenciais para resguardar a saúde da mãe e do bebê e para garantir um parto saudável
A menstruação atrasou e o resultado do exame de dosagem Beta HCG é positivo: gravidez confirmada. A partir daí, a gestante deve passar por consultas de pré-natal mensais com um ginecologista – de preferência, um com quem se sinta à vontade para esclarecer todas suas dúvidas – e fazer os exames solicitados pelo profissional. Eles são importantes para resguardar a saúde da mãe e do bebê e para determinar todos os cuidados necessários ao longo dos meses seguintes para garantir um parto saudável.
Confira quais são os exames essenciais durante a gestação, quando devem ser realizados e por que são indispensáveis:
Hemograma
Pedido pelo médico no primeiro, segundo e terceiro trimestres, esse exame detecta anemia e outras doenças no sangue da gestante.
Exame qualitativo de urina
Os médicos pedem que a gestante realize esse exame no primeiro, segundo e terceiro trimestres. O procedimento é feito para se checar se há alguma patologia ou anormalidade nos rins e no aparelho urinário da mulher.
Urocultura
Realizado no primeiro, segundo e terceiro trimestres, o exame verifica a existência de infecção urinária, principal causa de partos prematuros.
Ultrassonografia
A ultrassonografia é feita no primeiro trimestre. Ela vai mostrar se a gestação é única ou múltipla e determinar a idade gestacional exata. Deve ser repetida no segundo e terceiro trimestres para verificar se o desenvolvimento fetal está dentro do esperado.
Glicemia em jejum
Indicado no primeiro e no terceiro trimestres para saber se a gestante é diabética.
Tipagem sanguínea/RH
Deve ser realizado no primeiro trimestre. Verifica a compatibilidade de sangue do casal. Caso a mãe tenha RH negativo e o pai apresente RH positivo, é feito o exame Coombs indireto para saber se houve, em alguma gestação passada, sensibilização do sistema imunológico materno contra o Rh positivo. Esse cenário é possível se, em uma gravidez anterior, a mulher tenha dado à luz um bebê de Rh positivo e não tenha recebido a imediata aplicação da substância que impede que seu organismo produza anticorpos contra o Rh positivo.
TSH e T4L
Exame feito no primeiro trimestre. Visa verificar a presença de hipotireoidismo subclínico na mãe.
Toxoplasmose, rubéola, VDRL (sífilis), hepatite B, hepatite C e anti-HIV (Aids)
São exames que precisam ser feitos no primeiro e no terceiro trimestres. Eles determinam se a gestante já teve contato com as doenças para que, em caso positivo, sejam tomados os cuidados necessários para que o bebê não seja infectado.
Exame de translucência nucal
O exame de translucência nucal é feito no primeiro trimestre da gestação. Por meio da medição de uma pequena prega na nuca do feto, procura rastrear o risco para síndromes genéticas, como Down.
FONTE DE PESQUISA: http://delas.ig.com.br/filhos/2013-01-22/veja-os-exames-que-toda-gravida-deve-fazer-e-entenda-os-motivos.html

PREPARANDO OS SEIOS PARA AMAMENTAR



Como preparar os seios para amamentar

Para diminuir o estresse na hora de alimentar o filho, é fundamental que toda grávida prepare bem o peito para esse momento
Uma das maiores preocupações de toda grávida é como cuidar dos seios e deixá-los prontos para amamentar. Por causa disso, durante toda a gestação, as mulheres são bombardeadas com conselhos e dicas de familiares e amigas e se perdem diante de tantos palpites. O que, de fato, pode ser feito nessa fase para preparar os seios? Entrevistamos especialistas que revelaram o que realmente funciona.
1. Tipo de mamilo
Nem todos os bicos dos seios são iguais. Alguns são invertidos ou planos e necessitam de manobras específicas. Converse com o seu médico para saber como proceder.
 2. Banho de Sol
Encontre um lugar reservado em casa, tire o sutiã e coloque os seios para tomar sol. Os médicos indicam que as gestantes exponham os mamilos durante dez minutos por dia. Fique atenta para não causar queimaduras e lembre-se de que o horário ideal é entre 8 e 10 da manhã ou entre 15h e 16h.
 3. Bucha vegetal
No geral, não é aconselhável que as mulheres esfreguem buchas nos seios porque muitas exageram e causam fissuras. Assim, o que era para ajudar a deixar a pele mais resistente acaba machucando uma região tão sensível. No entanto, alguns obstetras aconselham o uso, por isso o melhor é conversar com o seu médico e saber o que é mais recomendado no seu caso.
 4. Creme hidratante
Como a ideia é deixar a pele mais resistente e não hidratada, não faça uso dessas loções. Se você quiser hidratar as mamas, deixe pelo menos os mamilos sem creme.
 5. Exercícios de puxar o bico do seio
Os exercícios de puxar o bico do seio se mostraram ineficazes com o passar do tempo. Mas fique tranqüila porque o estímulo natural existirá a partir do nascimento do bebê.
 6. Sutiã ideal
Como as mamas estão crescendo e se tornam mais pesadas, você deve usar um sutiã com alças largas e que sustente o peso. Não existe um sutiã ideal. O importante é que você se sinta confortável.
 7. Depois que o bebê nasce
Depois que a criança nasce, a mãe deve tomar alguns cuidados ao amamentar. Quando o bebê está mamando, a boca deve formar uma ventosa e para tirá-lo é necessário deixar que entre um pouco de ar. Desloque a mama para o lado para desencaixar os lábios do pequeno. Você pode colocar o dedo na boca do bebê ou fazer um pouco de cócegas no pezinho e ele, assim, soltará o peito.
Depois da mamada, use o próprio leite como hidratante, espalhando-o sobre o mamilo. Além dele, você pode fazer compressas com casca de mamão, de banana ou chá de camomila, que são igualmente hidratantes. Por fim, lembre-se de não deixar a mamada ultrapassar 40 minutos em cada peito. E não deixe seu bebê usar o seio como uma chupeta, pois o mamilo fica úmido por tempo demais.

FONTE DE PESQUISA: http://bebe.abril.com.br/materia/como-preparar-os-seios-para-amamentar

Diabetes gestacional?



O que é Diabetes gestacional?

Sinônimos: Diabetes mellitus gestacional, Intolerância à glicose na gravidez
O diabetes gestacional é o alto nível de açúcar no sangue (diabetes) que começa ou é diagnosticado durante a gestação.

Causas

Os hormônios da gravidez podem impedir que a insulina cumpra sua função. Quando isso acontece, os níveis de glicose podem aumentar no sangue da gestante.
Você corre mais risco de ter diabetes gestacional se:
  • Estiver com mais de 25 anos ao engravidar
  • Possuir histórico familiar de diabetes
  • Tiver dado à luz um bebê com mais de quatro quilos ou com algum defeito de nascença
  • Apresentar açúcar (glicose) na urina quando fizer uma consulta de pré-natal periódica
  • Tiver hipertensão
  • Apresentar líquido amniótico em excesso
  • Tiver passado por um aborto espontâneo de causa indeterminada ou tiver tido um natimorto
  • Estava acima do peso antes de engravidar

Exames

O diabetes gestacional geralmente começa no meio da gravidez. Todas as mulheres grávidas devem fazer um teste oral de tolerância à glicose entre a 24ª e a 28ª semana de gestação para verificar a ocorrência da doença. As mulheres que possuem fatores de risco do diabetes gestacional devem fazer o teste antes desse período.
Depois que o diabetes gestacional é diagnosticado, você pode verificar seu estado testando o nível de glicose em casa. A forma mais comum consiste em fazer um pequeno furo na ponta do dedo e colocar uma gota de sangue em um aparelho que faz a análise de glicose.

Sintomas de Diabetes gestacional

Geralmente não há sintomas ou os sintomas são leves e não apresentam risco de morte para a grávida. Com frequência, o nível de açúcar (glicose) no sangue volta ao normal após o parto.
Os sintomas podem incluir:
  • Visão borrada
  • Fadiga
  • Infecções frequentes, incluindo as na bexiga, vagina e pele
  • Aumento da sede
  • Aumento da micção
  • Náusea e vômitos
  • Perda de peso, apesar do aumento de apetite

 

Tratamento de Diabetes gestacional

O objetivo do tratamento é manter o nível de açúcar no sangue (glicose) dentro dos limites normais durante a gravidez e garantir que o bebê em formação seja saudável.
Saiba mais

Cuidados com o bebê

O médico deve acompanhar atentamente você e seu bebê durante toda a gestação. O monitoramento fetal que verifica o tamanho e a saúde do bebê geralmente inclui ultrassom e testes sem estresse.
  • Um teste sem estresse é um teste muito simples e indolor para você e o bebê. Um aparelho que ouve e exibe os batimentos cardíacos do bebê (monitor fetal eletrônico) é colocado sobre o seu abdômen. Quando o bebê se movimenta, a frequência cardíaca normalmente aumenta 15 a 20 batimentos acima da sua frequência normal.
  • O médico compara o padrão dos batimentos cardíacos do bebê quando ele se movimenta e determina se ele está bem. O médico procura elevações na frequência cardíaca do bebê que ocorrem dentro de um período específico.

Dieta e exercícios

A melhor maneira de melhorar sua dieta é comer uma grande variedade de alimentos saudáveis. Você deve aprender a ler os rótulos dos alimentos e sempre verificá-los quando precisar tomar decisões em relação à sua alimentação. Se você for vegetariana ou seguir alguma outra dieta especial, converse com seu médico ou nutricionista.
Em geral, a dieta deve ser moderada em gordura e proteína e fornecer níveis controlados de carboidrato com alimentos como frutas, hortaliças e carboidratos complexos (como pão, cereais, massa e arroz). Será necessário diminuir os alimentos que contêm muito açúcar, como refrigerantes, sucos de fruta e doces.
Você deve fazer três refeições pequenas ou médias e comer um ou mais lanches diariamente. Não pule as refeições nem os lanches. Mantenha a mesma quantidade e os tipos de alimentos (carboidratos, gorduras e proteínas) todos os dias.
  • O médico receitará uma vitamina prénatal diária. Ele ainda pode recomendar que você tome ferro ou cálcio. Se você for vegetariana ou seguir alguma outra dieta especial, converse com seu médico.
  • Lembre-se de que "comer por dois" não significa ter que ingerir o dobro de calorias. Geralmente são necessárias apenas 300 calorias a mais por dia (como um copo de leite, uma banana e 10 bolachas tipo água e sal).
Para obter mais detalhes sobre o que você deve comer, consulte: Dieta para diabéticos - gestacional
Se a melhora na sua dieta não controlar os níveis de açúcar (glicose) no sangue, pode-se receitar medicamentos para diabetes tomados por via oral ou terapia insulínica. Você precisará monitorar seus níveis de glicose durante todo o tratamento.
A maioria das mulheres que desenvolve o diabetes gestacional não precisa tomar medicamentos para diabetes ou insulina, mas para algumas isso é necessário.

Expectativas

A maioria das mulheres com diabetes gestacional consegue controlar a glicose no sangue e evitar danos a elas e aos bebês.
Grávidas com esse tipo de gestação tendem a ter bebês maiores que o normal. Isso pode aumentar a chance de ocorrerem problemas no momento do parto, como:
  • Lesão de parto (trauma) devido ao tamanho do bebê
  • Parto cesárea
Esses bebês têm mais probabilidade de apresentar períodos de pouco açúcar no sangue (hipoglicemia) durante os primeiros dias de vida.
As mães com diabetes gestacional têm mais risco de apresentar hipertensão durante a gravidez.
O risco de o bebê morrer aumenta ligeiramente quando a mãe apresenta diabetes gestacional não tratado. Controlar os níveis de glicose diminui esse risco.
Os altos níveis de glicose no sangue geralmente voltam ao normal após o parto. Entretanto, as mulheres com diabetes gestacional devem ser observadas atentamente depois do parto e durante as consultas médicas para identificar sinais de diabetes. Muitas mulheres com diabetes gestacional desenvolvem diabetes dentro de 5 a 10 anos após o parto. O risco pode ser maior para mulheres obesas.

Complicações possíveis

  • Complicações relacionadas ao parto por causa do tamanho do bebê
  • Desenvolvimento de diabetes no futuro
  • Risco maior de dar à luz um natimorto ou de o bebê morrer pouco tempo depois
  • Pouco açúcar no sangue (glicose) ou outra doença no recém-nascido

Prevenção

Começar o pré-natal cedo e realizar consultas regulares ajuda a melhorar sua saúde e a do bebê. Conhecer os fatores de risco do diabetes gestacional e fazer exames de triagem entre a 24ª e a 28ª semana de gestação ajudam a detectar a doença mais cedo.
Se você estiver acima do peso, diminuir seu índice de massa corporal (IMC) para um valor normal antes de engravidar diminuirá o risco de desenvolver diabetes gestacional.

Fonte de pesquisa:   http://www.minhavida.com.br/saude/temas/diabetes-gestacional











GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA

A gravidez precoce é uma das ocorrências mais preocupantes relacionadas à sexualidade da adolescência, com sérias conseqüências para a vida dos adolescentes envolvidos, de seus filhos que nascerão e de suas famílias.
A incidência de gravidez na adolescência está crescendo e, nos EUA, onde existem boas estatísticas, vê-se que de 1975 a 1989 a porcentagem dos nascimentos de adolescentes grávidas e solteiras aumentou 74,4%. Em 1990, os partos de mães adolescentes representaram 12,5% de todos os nascimentos no país. Lidando com esses números, estima-se que aos 20 anos, 40% das mulheres brancas e 64% de mulheres negras terão experimentado ao menos 1 gravidez nos EUA .
No Brasil a cada ano, cerca de 20% das crianças que nascem são filhas de adolescentes, número que representa três vezes mais garotas com menos de 15 anos grávidas que na década de 70, engravidam hoje em dia (Referência). A grande maioria dessas adolescentes não tem condições financeiras nem emocionais para assumir a maternidade e, por causa da repressão familiar, muitas delas fogem de casa e quase todas abandonam os estudos.
A Pesquisa Nacional em Demografia e Saúde, de 1996, mostrou um dado alarmante; 14% das adolescentes já tinhas pelo menos um filho e as jovens mais pobres apresentavam fecundidade dez vezes maior. Entre as garotas grávidas atendidas pelo SUS no período de 1993 a 1998, houve aumento de 31% dos casos de meninas grávidas entre 10 e 14 anos. Nesses cinco anos, 50 mil adolescentes foram parar nos hospitais públicos devido a complicações de abortos clandestinos. Quase três mil na faixa dos 10 a 14 anos.
Segundo Maria Sylvia de Souza Vitalle e Olga Maria Silvério Amâncio, da UNIFESP, quando a atividade sexual tem como resultante a gravidez, gera conseqüências tardias e a longo prazo, tanto para a adolescente quanto para o recém-nascido. A adolescente poderá apresentar problemas de crescimento e desenvolvimento, emocionais e comportamentais, educacionais e de aprendizado, além de complicações da gravidez e problemas de parto. É por isso que alguns autores considerem a gravidez na adolescência como sendo uma das complicações da atividade sexual.
Ainda segundo essas autoras, o contexto familiar tem uma relação direta com a época em que se inicia a atividade sexual. As adolescentes que iniciam vida sexual precocemente ou engravidam nesse período, geralmente vêm de famílias cujas mães se assemelharam à essa biografia, ou seja, também iniciaram vida sexual precoce ou engravidaram durante adolescência.

O comportamento sexual do adolescente é classificado de acordo com o grau de seriedade. Vai desde o "ficar" até o namorar. "Ficar" é um tipo de relacionamento íntimo sem compromisso de fidelidade entre os parceiros. Num ambiente social (festa, barzinho, boate) dois jovens sentem-se atraídos, dançam conversam e resolvem ficar juntos aquela noite. Nessa relação podem acontecer beijos, abraços, colar de corpos e até uma relação sexual completa, desde que ambos queiram. Esse relacionamento é inteiramente descompromissado, sendo possível que esses jovens se encontrem novamente e não aconteça mais nada entre eles de novo (veja Hábito de Ficar Com....).
Em bom número de vezes o casal começa "ficando" e evoluem para o namoro. No namoro a fidelidade é considerada muito importante. O namoro estabelece uma relação verdadeira com um parceiro sexual. Na puberdade, o interesse sexual coincide com a vontade de namorar e, segundo pesquisas, esse despertar sexual tem surgido cada vez mais cedo entre os adolescentes (veja Adolescência e Puberdade). O adolescente, impulsionado pela força de seus instintos, juntamente com a necessidade de provar a si mesmo sua virilidade e sua independente determinação em conquistar outra pessoa do sexo oposto, contraria com facilidade as normas tradicionais da sociedade e os aconselhamentos familiares e começa, avidamente, o exercício de sua sexualidade.
Há uma corrente bizarra de pensamento que pretende associar progresso, modernidade, permissividade e liberalidade, tudo isso em meio à um caldo daquilo que seria desejável e melhor para o ser humano. Quem porventura ousar se contrapor à esse esquema, corre o risco de ser rotulado de retrógrado. As pessoas de bom senso silenciam diante da ameaça de serem tidas por preconceituosas, interessando à cultua modernóide desenvolver um cegueira cultural contra um preconceito ainda maior e que não se percebe; aquele que aponta contra pessoas cautelosas e sensatas, os chamados "conservadores", uma espécie acanhada de atravancador do progresso.
As atitudes das pessoas são, inegavelmente, estimuladas e condicionadas tanto pela família quanto pela sociedade. E a sociedade tem passado por profundas mudanças em sua estrutura, inclusive aceitando "goela abaixo" a sexualidade na adolescência e, conseqüentemente, também a gravidez na adolescência. Portanto, à medida em que os tabus, inibições, tradições e comportamentos conservadores estão diminuindo, a atividade sexual e a gravidez na infância e juventude vai aumentando.
Adolescência e Gravidez

A adolescência implica num período de mudanças físicas e emocionais considerado, por alguns, um momento de conflitivo ou de crise. Não podemos descrever a adolescência como simples adaptação às transformações corporais, mas como um importante período no ciclo existencial da pessoa, uma tomada de posição social, familiar, sexual e entre o grupo.
A puberdade, que marca o início da vida reprodutiva da mulher, é caracterizada pelas mudanças fisiológicas corporais e psicológicas da adolescência. Uma gravidez na adolescência provocaria mudanças maiores ainda na transformação que já vinha ocorrendo de forma natural. Neste caso, muitas vezes a adolescente precisaria de um importante apoio do mundo adulto para saber lidar com esta nova situação.
Porque a adolescente fica grávida é uma questão muito incômoda aos pesquisadores. São boas as palavras de Vitalle & Amâncio (idem), segundo as quais a utilização de métodos anticoncepcionais não ocorre de modo eficaz na adolescência, inclusive devido a fatores psicológicos inerentes ao período da adolescência. A adolescente nega a possibilidade de engravidar e essa negação é tanto maior quanto menor a faixa etária.
A atividade sexual da adolescente é, geralmente, eventual, justificando para muitas a falta de uso rotineiro de anticoncepcionais. A grande maioria delas também não assume diante da família a sua sexualidade, nem a posse do anticoncepcional, que denuncia uma vida sexual ativa. Assim sendo, além da falta ou má utilização de meios anticoncepcionais, a gravidez e o risco de engravidar na adolescente podem estar associados a uma menor auto-estima, à um funcionamento familiar inadequado, à grande permissividade falsamente apregoada como desejável à uma família moderna ou à baixa qualidade de seu tempo livre. De qualquer forma, o que parece ser quase consensual entre os pesquisadores, é que as facilidades de acesso à informação sexual não tem garantido maior proteção contra doenças sexualmente transmissíveis e nem contra a gravidez nas adolescentes.
Uma vez constatada a gravidez, se a família da adolescente for capaz de acolher o novo fato com harmonia, respeito e colaboração, esta gravidez tem maior probabilidade de ser levada a termo normalmente e sem grandes transtornos. Porém, havendo rejeição, conflitos traumáticos de relacionamento, punições atrozes e incompreensão, a adolescente poderá sentir-se profundamente só nesta experiência difícil e desconhecida, poderá correr o risco de procurar abortar, sair de casa, submeter-se a toda sorte de atitudes que, acredita, “resolverão” seu problema.O bem-estar afetivo da adolescente grávida é muito importante para si própria, para o desenvolvimento da gravidez e para a vida do bebê. A adolescente grávida, principalmente a solteira e não planejada, precisa encarar sua gravidez a partir do valor da vida que nela habita, precisa sentir segurança e apoio necessários para seu conforto afetivo, precisa dispor bastante de um diálogo esclarecedor e, finalmente, da presença constante de amor e solidariedade que a ajude nos altos e baixos emocionais, comuns na gravidez, até o nascimento de seu bebê.
Mesmo diante de casamentos ocorridos na adolescência de forma planejada e com gravidez também planejada, por mais preparado que esteja o casal, a adolescente não deixará de enfrentar a somatória das mudanças físicas e psíquicas decorrentes da gravidez e da adolescência.
A gravidez na adolescência é, portanto, um problema que deve ser levado muito a sério e não deve ser subestimado, assim como deve ser levado a sério o próprio processo do parto. Este pode ser dificultado por problemas anatômicos e comuns da adolescente, tais como o tamanho e conformidade da pelve, a elasticidade dos músculos uterinos, os temores, desinformação e fantasias da mãe ex-criança, além dos importantíssimos elementos psicológicos e afetivos possivelmente presentes.
Para se ter idéia das intercorrências emocionais na gravidez de adolescentes, em trabalho apresentado no III Fórum de Psiquiatria do Interior Paulista, em 2000, Gislaine Freitas e Neury Botega mostraram que, do total de adolescentes grávidas estudadas na Secretaria Municipal de Saúde de Piracicaba, foram encontrados: casos de Ansiedade em 21% delas, assim como 23% de Depressão. Ansiedade junto com Depressão esteve presente em 10%.
Importantíssima foi a incidência observada para a ocorrência de ideação suicida, presente 16% dos casos, mas, não encontraram diferenças nas prevalências de depressão, ansiedade e ideação suicida entre os diversos trimestres da gravidez. Tentativa de suicídio ocorreu em 13% e a severidade da ideação suicida associação significativa com a severidade depressão.
Procurando conhecer algumas outras características da população de adolescentes grávidas como estado civil, escolaridade, ocupação, menarca, atividades sexuais, tipo de parto, número de gestações e realização de pré-natal, Maria Joana Siqueira  refere alguns números interessantes.
Números interessantes da Gravidez na Adolescência
Porcentagem de grávidas entre 16 e 17 anos 84%
Primigestas (primeira gestação) 75%
Freqüentaram o pré-natal 95%
Tiveram parto normal 68%
Menarca (1a. menstruação) entre os 11 e 12 anos 52%
Não utilizavam nenhum método contraceptivo 56%
Usavam camisinha às vezes 28%
Utilizavam a pílula 16%
A primeira relação sexual ocorreu*: até os 13 anos 10%
entre 14 e 16 anos 27%
entre 17 e 18 anos 18%
entre 19 e 25 anos 17%
depois dos 25 anos 2%

Ideação Suicida em Adolescentes Grávidas

Gisleine Vaz Scavacini de Freitas e Neury José Botega (Unicamp) têm um estudo sobre ideação de suicídio em adolescentes grávidas. Estudaram 120 adolescentes grávidas (40 de cada trimestre gestacional), com idades variando entre 14 e 18 anos, atendidas em serviço de pré-natal da Secretaria Municipal de Saúde de Piracicaba.
Do total dos sujeitos, foram encontrados: casos de ansiedade em 25 (21 %); casos de depressão em 28 (23%). Desses, 12 (10%) tinham ansiedade e depressão. Ideação suicida ocorreu em 19 (16%) das pacientes. Não foram encontradas diferenças nas prevalências de depressão, ansiedade e ideação suicida nos diversos trimestres da gravidez.
As tentativas de suicídio anteriores ocorram em 13% das adolescentes grávidas. A severidade dessas tentativas de suicídio teve associação significativa com o grau da depressão, bem como com o estado civil da pacientes (solteira sem namorado).

Previna-se de cinco doenças típicas da gestação

Saiba o que é cistite, vulvovaginite, pré-eclampsia, diabetes gestacional e anemia ferropriva

Enjôos, vômitos, queimação, dores lombares, fraquezas, desmaios e salivação são alguns dos sintomas mais comuns relacionados ao início da gestação. Entretanto, no decorrer da gravidez, a mulher também pode sofrer com outros problemas de saúde, que precisam de cuidados e tratamentos especiais.
— Durante o período gestacional, a futura mamãe não deve se preocupar apenas com o bebê, mas também consigo mesma. Afinal, seu bem estar influencia diretamente no desenvolvimento saudável da criança. A mulher precisa estar atenta a todas as mudanças que ocorrem em seu corpo, além de cuidar de sua alimentação, atividade física e descanso — explica a ginecologista Rosa Maria Neme, doutora em Medicina na área de Ginecologia pela Universidade de São Paulo e Diretora do Centro de Endometriose São Paulo, clínica de São Paulo especializada no tratamento da doença.
— Como é um período de mudanças intensas no corpo, para evitar ou mesmo detectar qualquer problema de saúde. É primordial que a mulher faça o pré-natal, a fim de impedir qualquer complicação, pois muitas gestantes acabam desenvolvendo algumas doenças que são típicas da gestação, as quais podemos prevenir ou tratar precocemente — afirma a médica.
Para saber quais são estas doenças, as razões que levam ao seu aparecimento, sintomas e como tratar, entrevistamos a ginecologista Rosa Maria Neme.
VULVOVAGINITE
O que é: trata-se de uma manifestação inflamatória ou infecciosa do trato genital feminino inferior, região que envolve a vulva, a vagina e o colo uterino. A mais comum delas é a candidíase, causada pelo fungo Cândida albicans.
Principais sintomas: corrimento, dor ao urinar, coceira.
Por que surge na gravidez: “Devido à queda na imunidade da gestante, a cândida, que habitualmente vive no intestino e faz parte da flora vaginal normal, prolifera e passa para a vagina provocando a infecção”, explica a Dra. Rosa Maria Neme.
Como prevenir: higiene adequada e adoção de medidas que melhorem a imunidade, como atividade física e alimentação balanceada.
Tratamento: são prescritos cremes vaginais antifúngicos por até sete dias para aliviar o incômodo. Não há riscos para a mãe ou o bebê.
CISTITE
O que é: infecção das vias urinárias. 
Principais sintomas: desejo freqüente de urinar, sensação de ardor ao urinar, dor no baixo ventre, sangramento.
Por que surge na gravidez: a progesterona (hormônio predominante na gravidez) provoca uma dilatação das vias urinárias que impede a bexiga de se esvaziar completamente, favorecendo a infecção.
Como prevenir: ingestão de líquidos e não prender a urina.
Tratamento: o antibiótico é prescrito após exame de urina para identificar o agente responsável pela infecção. Se não for tratada rapidamente, esta doença pode atingir os rins (pielonefrite), provocar ruptura da bolsa ou até parto prematuro.    
PRÉ-ECLAMPSIA
O que é: aumento da pressão arterial após o quinto mês de gestação (essa elevação é restrita à gravidez, após o parto a pressão volta ao normal).
Principais sintomas: inchaço, espuma na urina, dor de cabeça e de estômago, convulsão, dores abdominais, vista embaralhada.
Por que surge na gravidez: ainda não se sabe, mas está relacionada à presença da placenta.
Como prevenir: acompanhamento pré-natal, principalmente no final da gestação. Nos casos mais graves, que podem evoluir para a eclampsia, o médico pode antecipar o parto, pois há risco de morte para a mãe e o bebê;  
Tratamento: repouso, controle da pressão arterial, medicamento e dieta com pouco sal.
DIABETES GESTACIONAL
O que é: alteração nas taxas de açúcar no sangue que aparece ou é detectada pela primeira vez na gestação. Pode persistir ou não depois do nascimento do bebê.
Principais sintomas: sede, aumento na quantidade de urina, náusea, vômito, infecções freqüentes, visão embaçada.
Por que surge na gravidez: ainda não há um consenso. Dentre os fatores de risco estão histórico familiar de diabetes, obesidade ou excesso de peso na gravidez, um filho anterior com peso acima de 4 quilos ou deformação congênita, pré-eclampsia e idade avançada materna.
Como prevenir: controle do peso e exame de sangue. 
Tratamento: dieta adequada e, eventualmente, injeções de insulina.
— Quando descompensado, o diabetes gestacional pode antecipar o parto ou até mesmo provocar a morte do feto — diz a especialista.
O exame para detectar o diabetes gestacional deve ser feito entre a 24ª e a 28ª semana da gestação.
ANEMIA FERROPRIVA
O que é: deficiência de ferro que interfere na formação de hemoglobina e glóbulos vermelhos.
Principais sintomas: fraqueza, palidez, falta de fôlego, sono excessivo.
Por que surge na gravidez: dieta inadequada, falta de reposição de ferro e diluição natural do sangue na gestação, dado ao aumento de retenção de líquido.
Como prevenir: suplementação de vitaminas e dieta balanceada, rica em agrião, espinafre, lentilha, feijão branco, frutas secas, gema de ovo, fígado, escarola, melão, abacate, entre outras fontes de ferro.
Tratamento: medicamento oral ou injetável à base de ferro e dieta balanceada.
Fonte: Rosa Maria Neme

GESTAÇÃO E QUEIXAS MAIS FREQÜENTES


A maioria das queixas apresentadas a seguir diminui ou desaparece sem o uso de medicamentos.
Os medicamentos devem ser evitados ao máximo.
Caso essas queixas não desapareçam ou sejam persistentes podem ser manifestações de doenças mais complexas.


Náuseas e vômitos
São comuns no início da gestação. Quando ocorrem no final da gestação podem estar associados a doenças importantes, devendo ser sempre comunicado ao seu médico.
As orientações para a gestante são as seguintes: fracionar a dieta (comer mais vezes e menos a cada vez), evitar frituras, gorduras e alimentos com cheiro forte ou desagradável; evitar líquidos durante as refeições e ingerí-los de preferência nos intervalos.
Quando os sintomas forem muito freqüentes seu médico irá avaliar a necessidade do uso de medicações.
Pirose - azia - queimação
É comum a partir do segundo trimestre da gestação. Geralmente melhora com dieta fracionada, diminuindo as frituras, café, chá, pimenta, chimarrão, álcool e fumo.
Medidas gerais como não deitar após as refeições e elevar a cabeceira do leito também são benéficas.
A critério médico, a gestante poderá fazer uso de medicamentos.
Sialorréia - excesso de saliva
Muito comum no início da gestação, orienta-se deglutir a saliva e seguir mesmo tratamento indicado para náuseas e vômitos.
Fraquezas e desmaios
Podem acontecer após mudanças bruscas de posição e também quando a gestante ficar sem se alimentar.
Gestantes não devem fazer jejum prolongado.
Geralmente deitar de lado (esquerdo preferencialmente) respirando calma e profundamente melhora a sensação de fraqueza e desmaio.
Hemorróidas
São comuns principalmente nos últimos três meses de gestação, após o parto e também em gestantes que já apresentavam o problema antes da gravidez.
As gestantes devem procurar manter o hábito intestinal regular (manter o intestino funcionando bem). Sempre que as fezes estiverem endurecidas, causando dificuldade para evacuar, as hemorróidas podem sangrar ou doer.
Dietas ricas em fibras e a ingestão de líquidos auxiliam o funcionamento dos intestinos.
Corrimento vaginal
O aumento do fluxo vaginal (leucorréia, corrimento) é comum em gestantes. O fluxo vaginal normal não causa coceira, mau cheiro, ardência ou dor nas relações.
Consulte seu médico se apresentar os sintomas acima.
Quando ocorre ruptura da bolsa das águas (um dos sinais de parto) a paciente pode referir aumento do corrimento vaginal. É sempre necessário avisar seu médico quando houver suspeita de ruptura da bolsa com saída de líquido amniótico.
Queixas urinárias
O aumento do número de micções é comum na gestação, principalmente no início e no final da gestação por aumento uterino e compressão da bexiga. Como a infecção urinária é mais comum em gestantes, sempre que houver ardência para urinar, dor, sangue na urina ou febre seu médico deve ser comunicado.
Falta de ar - dispnéia - dificuldade para respirar
O aumento do útero e o aumento da freqüência respiratória da gestante podem ocasionar esses sintomas. Geralmente o repouso, deitada de lado, alivia a sensação de falta de ar. Se houverem outros sintomas associados (tosse, febre, inchaço) pode haver doença cardíaca ou respiratória associada.
Dor nas mamas
As mamas aumentam de volume durante a gestação o que freqüentemente causa dor.
A gestante deverá usar um sutiã com boa sustentação. O exame das mamas geralmente descarta problemas mamários mais graves.
Dor nas costas - dor lombar - dor articular
Durante a gestação as articulações ficam com maior mobilidade e isto freqüentemente ocasiona dores nas costas e em articulações como o joelho e o tornozelo.
As gestantes geralmente têm uma postura que provoca dores nas costas (aumento da lordose lombar - colocar a barriga para frente e o quadril para trás). O aumento excessivo de peso também aumenta a incidência de dores osteoarticulares.
Como prevenir:
 
evitar aumento excessivo de peso
fazer exercícios regularmente
manter uma postura adequada
evitar uso de saltos altos e desconfortáveis
Dor de cabeça - cefaléia
Dores de cabeça mais freqüentemente estão associadas a tensões, conflitos e temores, entretanto podem estar associadas a doenças mais sérias. Sempre deve ser afastada a presença de pressão alta. Seu médico avaliará a necessidade do uso de medicações.
Sangramento nas gengivas
Durante a gestação é mais comum o sangramento de mucosas (nasal, gengival) pois, além de uma maior vascularização nas mucosas, seus pequenos vasos sangüíneos ficam mais frágeis. A causa mais freqüente de sangramento gengival é a inflamação crônica da gengiva.
A gestante deve escovar os dentes com escova macia, massagear a gengiva e passar fio dental. Esse sintoma deve ser relatado a seu médico (ocasionalmente pode estar associado a outros problemas da coagulação do sangue) e ao dentista.
Edema na pernas - inchaço
Principalmente no final da gestação ocorre inchaço de membros inferiores. Quando não estiver associado à perda de proteínas na urina e à pressão alta geralmente reflete o acúmulo de líquido característico da gestação.
Existem posições que dificultam o retorno venoso (volta do sangue das pernas para o coração). Gestantes com edema não devem ficar em pé (paradas) ou sentadas durante muito tempo. É recomendável exercitar as pernas (caminhar).
O edema diminui na posição deitada (preferencialmente sobre o lado esquerdo) e também com a elevação das pernas acima do nível do coração.
Outra medida importante é retirar anéis dos dedos da mão, pois ocasionalmente ocorre edema nas mãos e dificuldade de retirada desses adornos.
Cãibras
Podem ocorrer durante a gestação, geralmente após excesso de exercício.
Quando ocorre, o músculo deve ser massageado, podendo-se aplicar calor no local.
Cloasma gravídico - manchas no rosto - asa de borboleta no rosto
Manchas escuras na pele podem ocorrer durante a gestação. Essas costumam diminuir em até 6 meses após o parto, entretanto em algumas mulheres persistem.
São manchas semelhantes àquelas que ocorrem pelo uso de anticoncepcional oral. Gestantes que apresentam essas manchas devem evitar a exposição ao sol.
Estrias
As estrias são resultado da distensão dos tecidos. Modo eficaz de preveni-las não existe. Não engordar muito é importante para diminuir sua incidência, entretanto existe predisposição individual a apresentar estrias.
Ainda que controverso, recomenda-se massagem com substâncias oleosas nos tecidos mais propensos a estrias (abdômen, mamas e coxas).
Seu médico poderá lhe indicar um creme para massagear a pele.
Sobre o mamilo não devem ser aplicados cremes. As estrias são inicialmente arroxeadas e com o tempo ficam branquicentas.

FONTE  (ABCDASAUDE.COM.BR)